sábado, 20 de julho de 2024
COLISÃO CAÓTICA
Estar vulnerável ao imprevisível é ceder à imprevisibilidade do caos.
Para um geólogo, a calcita é o exemplo perfeito disso: a cristalização da rocha impera para que ela sempre se parta no mesmo ângulo – não importa o tamanho da amostra, não importa a força do impacto. É a regência caótica da colisão, metades perdidas de um todo em eterna harmonia.
Na segunda parte da Trilogia Caos, Ethan Scott, graduando em geologia, é quem assola suas baquetas e faz tremer Schönilla em puro rock n’ roll.
Assombrado pelo sentimento inesgotável do abandono, para o baterista da The Chaotic Misfits a nova incandescência de uma amizade colorida não soa como uma solução efetiva para os seus problemas. Boas escolhas não são seladas em banheiros de boate às quatro da manhã, garotas quebradas não reconstituem peças faltantes de corações partidos. Mas o show precisa continuar.
Violet Woods, a caloura das ciência política, aguarda pela plateia histérica atrás do balcão de bebidas e pelo músico sobre o palco por dentro de sua calcinha.
Assim tem sido há meses, uma troca de beijos supérfluos ao fim de cada show para embebedá-la da realidade destrutiva de uma garota criada em um lar tortuoso. Violências apaziguadas por holofotes coloridos, cristais incompletos na integridade um do outro. Quanto vale arriscar o cantarolar de um coração?
Na sequência do romance universitário de Camilla Carneiro, cabe ao geólogo e à advogada ditarem o novo ritmo da procissão.
Entre sonetos fúnebres, serenatas de amor e o ressonar da luxúria – a caoticidade da colisão vibra mais alto. Basta revogar o primeiro acorde.
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